 
                            Parcerias público-privadas na educação: instrumentos ideológicos   para um continuum do controle privado sobre os assuntos públicos
A publicação fornece informações importantes sobre o papel das Nações Unidas e das instituições financeiras multilaterais, como o Banco Mundial (BM), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na legitimação e promoção de grupos não estatais como provedores de serviços educacionais financiados com recursos públicos ou da cooperação. A Declaração de Incheon e a Agenda 2030 da ONU geraram uma pressão cada vez maior para que os Estados co-projetem, co-implementem e co-financiem a política educacional com o papel principal do setor privado, cedendo parte de suas funções a atores não estatais ou até mesmo se ausentando de uma série de decisões de política educacional.
Este documento analisa como as PPPs são alimentadas por uma narrativa neoliberal de constante crítica ao Estado e ao setor público, ao mesmo tempo em que se beneficiam dessas entidades abrindo oportunidades de negócios em diferentes setores. No caso es
pecífico da educação, as PPPs assumem a prestação de muitos tipos de serviços, desde a formação e a avaliação de professores até a elaboração de currículos, o gerenciamento e a administração de centros educacionais, entre outros.